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Os Parklets Como Arquitetura Temporária
Por: Equipe Carolina Araújo Cursos Online
O novo conceito de espaço público, vem difundindo a importância da implantação de equipamentos urbanos, dentro deste conceito entende-se a importância da pulverização de pequenos pontos verdes na conformação da cidade.
Os parklets trazem contemporaneidade e contribuem para a permanência dos usuários nas calçadas, a locação desses equipamentos despertando o interesse e a apropriação do espaço. O parklet, é uma plataforma equipada com mobiliário urbano.
O posicionamento dos parklets deve ser estrategicamente pensado para atender áreas com alta circulação de pessoas, como uma forma de trazer lazer ou descontração, contribuindo para a cidade de forma sustentável.
Os parklets tem como objetivo proporcionar bem-estar para pessoas dentro do espaço públicos, melhorando sua mobilidade, proporcionando locais agradáveis para descanso, lazer, recreação e integração com a paisagem da cidade.
O primeiro parklet foi instalado em São Francisco, nos Estados Unidos, em 2005. O resultado da implantação das minipraças trouxe grandes benefícios, principalmente no setor comercial, a ideia foi abraçada por diversos países, e atualmente encontra-se como uma alternativa criativa, onde pouco valor monetário é envolvido para a construção e manutenção do parklet.
Calçadas, uma extensão social
O final do movimento modernista despertou um novo critério para os conceitos urbanos abordados até então, direcionando olhares para a criação de novos espaços, com base na vitalidade urbana. O conceito de vitalidade urbana é complexo e multifacetado, que acontece a partir da interação entre diversos padrões sociais, espaciais e econômicos.
As reflexões abordadas em diferentes momentos da história do urbanismo detectam a necessidade em reformular os espaços públicos a fim de promover a interação dos usuários entre si, e com o ambiente urbano, dessa forma alguns lugares anteriormente despercebidos tronam-se grandes potenciais urbanísticos.
Sabemos que as ruas e calçadas atuam como principais espaços públicos de uma cidade. Ambas se apresentam como reflexos e refletoras de diversos fatores que contribuem para a conformação do tecido urbano, entre estes podem se destacar: fatores culturais, fatores sociais, fatores econômicos e espaciais, público e privado, coletivo e individual.
A quantidade e a qualidade dos espaços inseridos em um percurso de uma via favorecem na sua movimentação, dentre outros fatores, da qualidade do ambiente e dos equipamentos públicos existentes, tais como mobiliário urbano, parques, praças e pequenos espaços - os Parklets.
Os Parklets trazem uma proposta inovadora, onde a ocupação se restringe a uma ou duas vagas de estacionamento, o principal objetivo da implantação, é de promover a ampliação da oferta de espaços públicos de convivência na cidade.
O Surgimento dos parklets
A necessidade de atribuir qualidade de vida trouxe de forma inesperada a implantação dos parklets. Os parklets, nada mais são do que minipraças com estrutura de caráter provisório que ocupam o lugar de uma ou duas vagas de estacionamento em vias públicas.
Os parklets surgiram em novembro de 2005 na cidade de São Francisco/EUA, organizado pelo REBAR - um movimento de artistas, ativistas e designers, utilizou temporária de uma vaga de estacionamento. A vaga foi transformada em uma pequena praça, identificada como uma possibilidade verde em meio ao asfalto e ao concreto da cidade. Os idealizadores da proposta visavam a integração dos usuários com os pequenos espaços projetados, defendendo o tema - cidade para as pessoas. A intervenção temporária foi amplamente utilizada pelos pedestres e gerou um conjunto de imagens que tiveram grande repercussão.
A implantação dos pequenos espaços de convivência nas ruas reforça a função social da cidade como local de encontro, a ideia inicial fundamentada pelo grupo norte americano caiu no gosto de diferentes culturas, e foi difundida se estendendo pelo mundo.
Atualmente os Parklets são associados a ampliações da calçada que oferecem oportunidades de lazer e descanso para os pedestres. Quanto mais pessoas circularem no local, maior e melhor será sua contribuição em termos urbanísticos. As ruas movimentadas e comerciais são excelentes alternativas para a implantação de Parklets. Além de beneficiar os pedestres, muitos estudos apontam que as minipraças, como grandes incentivadoras comerciais, o posicionamento estratégico aquece o comércio local.
O Parklet deve ser projetado e sinalizado de forma que fique claro aos pedestres que é um local público e não uma extensão de comercial, o uso deve ser democrático e acessível a todos.
A utilização dos parklets
A instalação desses equipamentos promove a valorização do espaço público urbano, contribuindo para as relações sociais e o convívio ao ar livre. As minipraças podem ser equipadas com bancos, floreiras, mesas, cadeiras, pergolados, omblelones, aparelhos de exercícios físicos, pontos de bike ou outros elementos de mobiliário urbano, com função de recreação ou de manifestações artísticas.
Como incentivadores da a vida ao ar livre, os Parklets promovem o uso democrático e participativo da comunidade, contribuindo para o bem-estar social.
Essas pequenas praças beneficiam os moradores do entorno, os comerciantes da vizinhança e pessoas que transitam pelo local, pois diminuindo o espaço de estacionamento dos veículos melhora-se a paisagem urbana, oferecendo à comunidade a chance de ter um local próprio de convívio com o intuito de resgatar seus valores locais.
Os Parklets ampliam os espaços de convivência dos moradores, tornando a vida nas cidades mais humana e agradável. Converter grandes áreas de bairros em praças e parques são muitas vezes inviáveis ou muito dispendiosos.
A implantação das minipraças visam à qualificação do ambiente, agregando espaços com novos usos, incentivando a diversidade e o convívio democrático dos cidadãos.